Essa história de ser intensa (um desabafo)

Estava pensando hoje, aqui com meus botões. Lembrando de uma vez que me falaram que eu tinha olhos tristes. No momento que eu ouvi isso pensei em uma coisa que estava me chateando, achei que meus olhos eram tristes por causa da decepção que tinha passado a pouco, pouquíssimo tempo. Hoje, pensando sobre isso, vejo que ainda faz sentido, e olha, fazem quase dois anos.

Mas, apenas agora eu pude compreender que eu não tenho olhos tristes por causa daquilo que acabara de ocorrer, mas, porque eu fui entristecendo aos poucos.  Eu vivo tudo com tanta intensidade que é como se meu corpo permanecesse em chamas por 24h. A maioria das coisas que acontecem comigo são como furacões que passam por mim e deixam tudo em grande desordem.  E isso desgasta. Vai aos poucos corroendo quem eu sou. Então, a vontade de viver me consome e, talvez, faz com que eu não esteja viva de fato.

É difícil pensar nisso, é difícil pensar que a mesma coisa que me mantém viva me mata aos poucos.
Isso porque eu não consigo não ser intensa, por eu viver em furacões e viver das minhas paixões, e viver me apaixonando por tudo que eu faço e por todos que conheço. Então, eu fico desgastada. Desgastada por amar demais, por me entregar demais a tudo. Sou arredida na escola, com minha família, meus amigos e com meus affeirs. E o mais triste nessa história é que eu desconfio que essa maneira eufórica com a qual eu encaro a minha vida, assusta a maioria das pessoas e acaba acaba por afastar algumas. E eu não posso fazer nada, a não ser deixá-las ir (por mais que seja dolorido).

É isso, foi só um desabafo…
Eu espero mesmo que tudo se resolva e que a máxima “Tudo piora antes de melhorar” seja válida para mim também.

6 thoughts on “Essa história de ser intensa (um desabafo)

  1. Poxa Lu,
    Me identifico muito com isso que escreveu. E me fez refletir e ver como vamos sendo corroídos ao longo do tempo. Sou intenso, me entrego a uma paixão e isso machuca muito…

  2. Não preciso nem dizer que faço das suas as minhas palavras… E não sofra por ser assim amiga. Não lamente por ver que certas pessoas estão se afastando de vc. Penso que não é vc que stá perdendo, mas sim, elas que estão deixando de ganhar.
    Pq muito antes, ser assim, tão intensa e se entregar de corpo e alma, do que ter medo de de arriscar.

    TE AMOOOO!!!

  3. Concordo com Anna Tchuca.
    Olha… as mais intensas, como nós, são as melhores. Melhores no amor, melhores na dor, melhores em tudo. Uôoo… licença de J.Quest.
    Penso que o tempo que a gente passa aqui nesse mundo é curto demais pra termos medo de viver intensamente.
    Um jargão que criei na minha vida: quebrou a cara? cola com super-bonder.
    Absolutamente ninguém é igual a ninguém.E todos, absolutamente todos, vão te magoar e também vão ser magoados por vc. Vão te perdoar e vão ser perdoados. E vão continuar errando.
    Essa é a vida. Não tem como não sofrer. Já que é assim, procure o prazer na dor.
    Tem jeito. Te juro!
    Lindo o blog. E pra variar eu falei demais.
    Docinho! Beijo!

  4. Sem estas dores, desilusões, paixões e incêndios, a gente não seria mais que um relógio fazendo tique-taque até acabar a corda, não? Acho que está no sangue, Lu, eu sofro por desilusões de cinco anos atrás. O que Chuck Norris faz num filme de ação é fichinha perto do que a gente passa vivendo neste mundo.

    A propósito, sua edição de V de Vingança está separada.

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